
Mas cheio de vida.
Meus Olhos Estavam Em Outro Lugar.
Mais uma vez estamos, você e eu, aqui
Os mesmos personagens em cena
Dois ricos amores banhados a luz plena
E uma rima garantida por um mero dilema.
Ambos sorrimos quando dissemos:
“Por hoje chega de palavras ásperas”
Ambos choramos quando dissemos:
“Que nosso pranto seja divido como por encanto”.
Tolo.
Essa nomenclatura se adéqua a quem acredita
Que amores vêm e vão.
O amor, caso tenha existido
É para sempre
Mesmo sem contato, dor ou separação.
Mas, eis que em meio a caos de uma vida ímpar
Sobra um toque e um beijo que não dá para comparar
Sentimento forte, talvez lógica, talvez sina
Mas que sobrevive a qualquer conjugação do verbo amar.
Qual seria a melhor solução
Para alguém que aparentemente se cansou
Da vida que vive então
E do infinito particular que não se esgotou?
Pobre de mim
Que toda verdade precisa omitir
Para continuar fingindo ser feliz
Assim...
Pobre de mim
Necessitando esconder amor
Para ,quem sabe, ser respeitado
No meu,ou no teu fim.
E continuo nessa vida...
Pois não há p/ onde correr ou fugir
De um estereótipo que me excede
Que me assombra, como a morte que me transcede.
Mais uma vez eu vos balbucio:"Pobre de mim''