sábado, 24 de julho de 2010




Sangue, meus queridos. Só por hoje eu desejei sangue. Quis que laminas dançassem pelo corpo de pessoas que dizem ser pessoas. Sonhei com morte. Sim, morte de pessoas que tanto amei. Mas sabe o que dizem não é mesmo? Amor e ódio sempre andam de mãos dadas, porém ninguém vos disse que eles andam com as faces vendadas. Como eu descobri isso? Prefiro não contar para não reviver tudo.
E eu escrevo sobre isso para amenizar toda essa vontade dentro de mim. Vontade que cresce a cada dia mais, mas só porque há quem a alimente. Há quem a sustente, mas não ha quem a adestre.
Em demonstração ao meu carinho por vocês,meus caros leitores. Escolhi uma foto em preto e branco para que não fira seus delicados olhos com sangue desnecessário. Mas se fosse o sangue de quem me faz querer sangue, eu faria questão de mostrar a vocês. E como faria.

2 comentários:

Paulo disse...

"(...) vinde, espíritos que os pensamentos espreitais de morte, tirai-me o sexo, cheia me deixando, da cabeça até aos pés, da mais terrível crueldade! Espessai-me todo o sangue; obstruí os acessos da consciência, porque batida alguma compungida da natureza sacudir não venha minha hórrida vontade, promovendo acordo entre ela e o ato; Ao feminino peito baixai-me, e fel bebei por leite, auxiliares do crime, de onde as vossas substâncias incorpóreas sempre se acham à espreita de desgraças deste mundo; Vem, noite espessa, e embuça-te no manto dos vapores do inferno mais sombrios, porque as feridas meu punhal agudo não veja que fizer, nem o céu possa espreitar através do escuro manto e gritar: 'Pára! Pára!'" (S.)

Paulo disse...

Como eu era culto!