sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Entre noitadas e círculos viciosos.





Enquanto teus dias
E tuas noitadas
 transbordam  incontáveis e curiosas alegrias,
Caminho eu
Sempre  me culpando,
Ou simplesmente duvidando
Se minha poesia, plena, adiante, caminha
Ou se apenas alimento mais e mais
Esse circulo vicioso
Que é a falta de amor.


domingo, 23 de setembro de 2012

Triste em demasia.






Triste em demasia
É saber que,
na hora de colocar as cartas à mesa,
Elas aprenderam a voar
Sem a sua companhia.

domingo, 16 de setembro de 2012

As ruínas de outrora





As ruínas de outrora
retornaram
fora de hora.

Viver entre retalhos
é realidade,
é fossa.




O dia terminou.




Ao crescer em solo infértil,
tardio é produto
vindouro
Desse céu,
Desse mar

Desce terra
Desce lar.

Sentiu?

É o ar dos solitários
Refrescando essa dor
Que  te traz em agonia.

É ar que toca e não fica.
Pois se ar não fosse
Mas terra .ou  mar, ou céu, que,poesia, composse 
Estes seriam tua companhia.


A solidão corrobora
O fim do dia.


 






 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sobre o universo e a auto-ajuda.




A felicidade se despediu.
Saiu para se distrair desse  mundo
Alegre demais.

A esperança  se refugiou
Entres as páginas dos seus livros libertadores
De compreensão tardia.

E a verdade tanto semeada
,Pelos inconscientes fracassados,
Perpetuam entre nós.

São suas queridas frases de auto-ajuda,
Que realmente  ajudam
A fingir, por míseros momentos,
Que alguém te ama
Quando não há amor.

Caro leitor,
Sinto dizer,mas
O universo nunca conspirou
a seu favor.


domingo, 9 de setembro de 2012

Os pés pelas mãos.




Trocar os pés pelas mãos
Nunca foi tão fácil.
Principalmente 
Quando ambos
Calejados.


E nas fissuras expostas
Encontram-se as marcas
Levemente escondidas
Do que restou
Do meu amor.

domingo, 2 de setembro de 2012

Ou liberdade ou cordas vocais





Ao enfornar  a desejada liberdade,
a culpa entorna.
Torturam-se os prantos
aos quatros cantos.

Libertina, a mensagem não chega.
Nunca chegará.
A liberdade traz barreiras tão
Cegas,
Surdas,
Mudas,
Num bater de asas
Em voo raso.

E, novamente nos quatro cantos
Ouve-se  o canto choroso
Dos sufocados..
Enforcados em suas próprias cordas vocais.