Os anos se passaram.
Mas o músico ainda reverencia a platéia.
Ele voltou,meus queridos.
Que abram as cortinas.
Que comece o desfile das lágrimas.

Páginas rabiscadas
Percorridas por tintas e pincéis
Insistem em formar corações torturados
E enganar pobres olhos fieís.

Maldita sindrome de Peter Pan.

Fantasma.

Tua bondade,meu bem,
Hoje fez falta.

Amor, mas de onde vem esse amor? Por que faz tanto segredo de sua fonte? Esse amor, que cria a chuva e as árvores, e salpicou as estrelas lá do céu como os deuses e deusas alegam ter feito?

Nos moldes em que nos criamos
O que mais teriamos que criar?

E o tempo levou.

Cálida lágrima que cai.

Proferida,talvez, durante amor

Pálida lágrima que lhe trai

Ao escorrer

contra sua vontade

interior

Ontem, nós eramos a base
Hoje, somos o topo
Amanhã seremos apenas o verbo num futuro imperfeito.

What do you know about love?

Hoje, eu relembrei meus medos.
Levei um susto.
Quando passaram por mim.

As alegrias da vida são compostas de gestos simples
Simplórios atos que agem em complexas sensações.
Mas pare com essa linguagem de auto-ajuda que tanto odeio
E me diga
Você volta pra mim?

Inteligência é posição, porte ou um par de óculos?

Please, don't leave me here...
Alone.

Se eu ficar aqui, quietinho, domesticado, fingindo não estar abandonado
Você volta aqui para me buscar?

Dançando.
Não parece, mas estou dançando.
Parece que sofro, que calejo, que entre em desespero
Mas é tudo apenas movimento
Pois ,no fim de tudo
ainda continuo
Dançando.

Tente entender logo de uma vez o que tanto lhe faz mal
Se é ver amor aonde não existe
Ou se é existir onde só há amor animal.

Fotografarei teu rosto quando este me beijar.
O melhor ângulo das fotos, eu nunca saberei
Pois o que guardo nas paredes são só fotos
E o seu beijo em, nenhuma delas, vai estar.


E eu enlouqueço, enlouqueço, sim eu enlouqueço

Quantas vezes eu ja caí dessas escadas, eu realmente não sei. Tenho quase certeza de que ninguém contaria quantas quedas já levou, mas tenho certeza de que se lembram de todas elas.
Como podem ver, eu caí mais uma vez. E cá estou eu. Apreciem-me. Sintam como é estar aqui em baixo. acompanhem-me, tomem um drink comigo se quiserem. Eu não nego nada.
Apesar da queda eu me sinto muito bem aqui. É confortável. Tão confortável que consigo escrever milhões de palavras, e poderia continuar escrevendo, para vocês. Mas eu prefiro ir descansar um pouco agora. A queda não doeu,mas foi longa. A dor não é mais nada pra mim, mas cair ainda me cansa.

"E eu me pergunto...
Se ainda junto do meu amor
Eu poderei viver
Quem poderá dizer...?"

Eu tento. Eu fujo. Eu me escondo. Mas o romantismo me persegue até aonde quer que eu não vá. É falta. É excesso. É tormento. É, sempre é. Conjugar o verbo amar deveria ser proíbido,mas quem sou eu para mudar oque ja está feito. Alias quem foi o desgraçado que fez isso mesmo?

Sangue, meus queridos. Só por hoje eu desejei sangue. Quis que laminas dançassem pelo corpo de pessoas que dizem ser pessoas. Sonhei com morte. Sim, morte de pessoas que tanto amei. Mas sabe o que dizem não é mesmo? Amor e ódio sempre andam de mãos dadas, porém ninguém vos disse que eles andam com as faces vendadas. Como eu descobri isso? Prefiro não contar para não reviver tudo.
E eu escrevo sobre isso para amenizar toda essa vontade dentro de mim. Vontade que cresce a cada dia mais, mas só porque há quem a alimente. Há quem a sustente, mas não ha quem a adestre.
Em demonstração ao meu carinho por vocês,meus caros leitores. Escolhi uma foto em preto e branco para que não fira seus delicados olhos com sangue desnecessário. Mas se fosse o sangue de quem me faz querer sangue, eu faria questão de mostrar a vocês. E como faria.

Seria tudo lindo se eu acordasse eternamente ao lado teu
Mas eu percebo que acordo sempre do lado de um espelho
E eu acordo apenas com meu reflexo apagado e solitario.
Um breu e apenas eu.

Medo.

O medo é uma coisa tão comum não é mesmo? Alias, qualquer coisa que possa ser chamada de " coisa" parece ser comum. Há uma especie de familiarização nessa palavra, não é mesmo? concordam comigo, meus caros leitores?
Pois bem, eu escolhi o medo dessa vez por ele estar presente demais nesses meus dias. Não sei se em mim ou se na vida dos que também estão em mim. Mas se eu não sei, quem saberá, não é mesmo?
Todos temos medos. As músicas têm medo. Até o medo pode ter medo de sentir medo. Como isso é possível? Vocês também se perguntaram isso? Se sim,eu fico feliz. Se sim eu consegui passar a vocês o que sinto nesse momento. Aquela corrente fria que percorre cada artéria desse meu corpo, que se encontra aqui, sentado num quarto quente,mas frio como o sangue do mais puro psicopata. Se eu conseguisse fazer com que vocês sentissem o que sinto nesse exato momento, eu não ficaria feliz em dividir minha dor, mas ficaria triste, infeliz. em decadência. Por ver você sofrer com uma dor que nem mesmo lhe pertence, meu caro leitor. E eu agora me dirigi no singular pois dor conjunta, ao meu ver, não é dor. Dor conjunta, meus caros, é apenas amor.

E por favor, não insistam em me convencer do contrário.

" Sim, minha filha você precisa saber da verdade que nunca me disseram e, hoje, só nos dias de hoje eu vim descobrir. Você precisa saber que eu te amo, mesmo que isso nada possa lhe oferecer. Eu te amo por você sair de dentro de mim, e por ao meu lado, viver. Mesmo que amanha eu não possa estar com você. Desculpe-me escolher esse lugar tão vvo e essas palavras tão funestas para declarar meu amor, mas é disso que o amor é feito, de vida, morte e dor."

Vocês, meus caros leitores, percebem a gravidade da situação?
Vocês, meus amados,e talvez delicados leitores
percebem que, a verdade, mesmo de olhos fechados, pode ser vista de antemão?

(...)Quero lhes apresentar, primeiramente, meu rosto. Afinal foi por conta dele que cheguei até aqui, mas eu estaria me adiantando na história. Possuo um rosto arredondado. Faces simétricas que remontam as maçãs do meu rosto, construindo assim uma beleza perfeita, como uma circunferência desenhada com o melhor compasso. Sobrancelhas um tanto quanto grossas para uma mulher, mas realçam o que eu mais tenho de misterioso.

Meus olhos tristes.

Essa expressão me soa familiar. Creio que a vi em um ou outro poema, mas não me recordo bem onde.

Tenho olhos misteriosos, um pouco fundos na verdade, feito um buraco raso na areia da praia. São densos. Diria que meus olhos demonstram a minha mortal maturidade ou, em outras palavras, o quanto do mundo eu carrego em minhas costas. São um pouco fechados e não demonstram nenhum pouco de vida. O sangue nosso de cada dia não parece alimentar esses semicerrados olhos acastanhados. Sim, meus olhos cor de avelã, que muitas vezes parecem-me vermelhos a luz do fogo. Exatamente isso que me disseram (...)

O irreal pode ser tão real quanto o surreal.

Tortura

Ou

Salvação

?

É realmente assim
que se acaba
com o

sofrimento?

Mas acabo acordando de um belo sonho

E percebo que teu amor é conto e o meu é prosa

E nossa união nem mesmo formam um coração.

(...)Agora eu te abandono neste lugar

Para que ainda te encontrem junto um escarro meu (...)

Entristece-me, de algum modo, ver que , nos dias de hoje as pessoas querem ser apenas felizes e mais nada...

"O que não disseram é que eu voltei diferente
E que o meu agora
É daqui pra frente"

De mil em mil anos eu me pego pensando
O Porquê da figura feminina me chamar tanto a atenção.

Totem.

E agora, como mero totem seu

Estou aqui, conservado e engavetado

Mas meu coração continua levemente acelerado

Pois ainda há quem queira um beijo meu.

"Mães de leite lutando para alimentar a sua crença
Como páginas de um livro xerocado à força
Mas quando o básico do mundo fica raro
é que vemos melhor nossas paixões"

Forgotten

Olhando daqui, não sei se ainda estou te esperando
Ou se fui mais um dos seus perdidos & perdidos.

Liberta teu corpo da agonia
Liberta teu rosto da apatia
Libera, em você, a nossa fantasia.

Sentiu?

Imerso.

Confesso que, nas descobertas, morri um pouco por dentro.

Foi tanto o desejo por cessar tamanhas idealizações

Que o impulso humano impôs as contrárias condições

E Refluiu tudo aquilo que, um dia, conquistamos.

Mulheres.

Até que ponto sua imagem pode transcender?

A favor da modernização dos contos de fadas.

MALDITA
Rosa
VERMELHA

Todos os dias eu ainda me pergunto:
Por que aquelas almas femininas,
Aquelas formas curvilíneas,
Tiveram que morrer assim?

It's a Dying Song.

A morte não é tão amarga quanto parece.

E até hoje eu sonho com teus beijos de sabor peculiar
Aquele sabor vermelho que só você tem.

Estático.

É verdade que meu mundo tornou-se preto e branco
Quando você, subitamente, se afastou dele
Deste fato, não posso escapar.
Mas não pense que eu fico lamentando tua partida
Pois a chuva ,em preto e branco, é muito mas linda
E eu não preciso das suas cores para respirar.