quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Ridículo




O orgulho regional que carregas.
Ridículo.

Valores ultrapassados
que beiram ao arcaico
e perpassam o monetário.
Ridículo.

Teu suor degenerativo
corroendo os corpos que toca
e deixando escorrer
apenas o que chama 
de amor próprio.
Ridículo.

Quando pararão,
Ridículos,
de idolatrar
suas unhas encravadas?



terça-feira, 26 de novembro de 2013

domingo, 10 de novembro de 2013

Estrada




Corre perante rodovias
e busca consolo
nos traços,
nos rastros,
nos Faróis.

Quem diria,
que nesses cantos,
nessas esquinas,
a vida mostraria
Tanto amor
a ladrilhar.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Passa(do) a dor.




Lembra dos teus olhos tristes,
que se enchiam de tormenta
percebendo ou não
a alegria que contagiava?

Não acho que você lembrará
de reluzentes esferas tingidas
fitas,turvas
sem vida
a te contemplar.

E por falar em vida
eu questiono
,indubitavelmente,
quem habita este lugar.

Serei eu?
Será tu?
Seria ele?
Vos dizei
E para sempre
Calarei.


domingo, 7 de abril de 2013

Te ver com ele.




Ter a face golpeada
Por quem  já amastes uma vez.
Ferve o sangue.
Cala a alma
Ou  te emudece de vez.

E no silêncio da calma,
A culpa  esmaga
Por não teres sido o escolhido
da vez.

Te ver com ele
Me mostra que nem ao menos amastes
Um terço de minha tez.






domingo, 31 de março de 2013

Tons de leveza.




Levitar
E trazer novos tons.
A leveza traz
As cores do outono
De então.

Leve
É o que vem vai
Na facilidade dos demais.
Leve
As dores, os pesares
De quem chora
Por amar demais.

domingo, 10 de março de 2013

Eu não presto,mas eu te amo.



Aos prantos e barrancos
Levo a vida como dá.
Nas  ruas, brumas, nas rimas
Distribuo amores onde quer que eu vá

E há quem diga que esse amor é por engano
Pode até ser estranho
Por desencanto 
Ou com desconto

Em meio ao oferecer
Eu me perco
Sem dar ou receber.

Tudo isso porque eu amo.
Eu não presto,
Mas eu te amo.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sobre abraços, nós, e o escárnio.




Ao passar por mim,
Sem ao menos me ver,
Procurei teus abraços
E encontrei escárnio.

E ao encarar teus cabelos esvoaçantes
Perdi-me  entre os teus laços
E os meus.

E lá fiquei.
Entre nós e nós.
Ainda tentando desatar
Os nós.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Um verbo e um Olhar.




A sensibilidade se fez presente
No momento  em que o sujeito
se adjetivou.

Qualidades, defeitos, advérbios
Outrora proferidos
Agora
Interrompidos.

E logo percebe
Que o verbo se perde
No olhar.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Do que costumava ser.





Escassa
É a  imaginação dos fortes.

Pois esqueceram que um dia
Seus medos e agonias
Imaginaram alguém menos fraco
Do que costumavam ser.




quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Abrandar






O cair de nossos sonhos
Nos trouxe o abrandar
da queda.

Ode ao ser humano
Que se agarra no sobre-humano
A  fim de diminuir a dor
de amar.